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Outono e inverno: Veja dicas para manter saúde nasal e evitar doenças respiratórias

Outono e inverno: Veja dicas para manter saúde nasal e evitar doenças respiratórias

Com o outono e inverno, aumenta o número de casos de doenças respiratórias. Gotículas permanecem no ar por mais tempo em..

Redação - segunda-feira, 14 de junho de 2021 - 18:33

Com o outono e inverno, aumenta o número de casos de doenças respiratórias. Gotículas permanecem no ar por mais tempo em períodos de temperatura mais baixa e clima mais seco, o que aumenta a possibilidade transmissão dos vírus da gripe, resfriado e até mesmo a covid-19. Com isso, é época de redobrar os cuidados com a saúde nasal.

Segundo especialistas, a atenção precisa ser diária, não apenas durante o outono e o inverno. “Os primeiros cuidados que todos podem tomar para manter o sistema respiratório saudável e evitar as infecções das vias aéreas é tentar manter a imunidade alta”, informa o dr Luiz Patrial Neto, otorrinolaringologista do Hospital IPO. “Fazer refeições saudáveis e balanceadas, uma boa noite de sono e sempre tomar muito líquido, principalmente água, para manter-se hidratado”, completa o especialista.

O organismo bem hidratado permite que o muco mantenha o nariz umidificado ao repor a água que o órgão perde enquanto faz o recebimento do ar. O nariz trabalha 24 horas diárias umidificando o ar respirado. A ingestão de água, sobretudo em locais com maior incidência de poluição, ajuda nessa função fundamental para a boa respiração e a saúde das vias aéreas.

A baixa umidade do ar no ambiente pode ressecar as vias nasais, o que causa também a sensação de obstrução. Ardor e até eventuais sangramentos são sintomas que acompanham o nariz ressecado. Assim, a lavagem nasal precisa ser diária, se possível, duas vezes por dia.

Soro fisiológico 0,9% é o ideal para o procedimento, sobretudo para quem já tem rinite alérgica. É uma maneira de manter o problema controlado.

Além da rinite alérgica, a asma brônquica também exige controle com medicamentos ou cuidados ambientais, acrescenta o otorrino.

“É preciso manter a casa arejada, limpa e seca, evitar contato muito próximo com animais de estimação que podem desencadear a alergia e evitar também cobertores ou bichos de pelúcia”, orienta.

Cuidado com descongestionantes nasais no outono e inverno

Acordar em meio a uma madrugada com o nariz completamente tampado é angustiante. O alívio é quase instantâneo com o uso de descongestionantes nasais. Mas esse alívio não vem sem riscos. Os itens a base de nafazolina podem acarretar problemas de curto e longo prazo, explica o médico.

“O paciente pode desenvolver rinite química devido ao componente do medicamento, fazendo efeito rebote nos sintomas e piorando a obstrução nasal”, informa. Mais: o uso crônico pode dar origem a complicações mais sérias, como cardiopatias, arritmias, aumento da pressão arterial e alterações renais (nefropatias).

Se o nariz obstruído é uma constante, a melhor orientação é procurar um médico otorrinolaringologista para o diagnóstico correto e o início do tratamento adequado, que pode envolver o uso de corticosteroides tópicos nasais e, em alguns casos, cirurgias.

Os sintomas chegaram

Em caso de secreção espessa e purulenta, sintomas que não melhoram com os tratamentos comuns, febre alta e outros sintomas sistêmicos como dores no corpo (mialgia), dores nas articulações (artralgia) ou lesões na pele, é preciso procurar o médico para uma avaliação mais criteriosa e p tratamento correto. “é preciso lembrar que, em algumas situações, essas inflamações de vias aéreas podem levar a complicações sérias se não forem tratadas corretamente”, afirma.

Resfriado e rinite alérgica contam com sintomas bastante parecidos com os da Covid-19, o que pode assustar neste outono e inverno.

Congestão nasal, coriza, espirros e irritação na garganta são os sintomas mais comuns. Já a gripe por influenza e a Covid-19 registram sintomas de via aérea superiores e também sistêmicos, como febre, dor no corpo e falta de ar. Há ainda a perda completa do olfato, ou anosmia, sintoma clássico do novo coronavírus.

“A recomendação é que os pacientes procurem o médico para, além de fazer o diagnóstico adequado, seja solicitado também o exame de PCR para Sars Cov 2, já que esse é um dos métodos mais confiáveis que temos”, finaliza Patrial.

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