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Paraná enfrenta crises da Covid-19, dengue e hídrica sem ideologia, diz Ratinho Junior

Em entrevista ao Sebrae Paraná, na manhã desta terça-feira (26), Ratinho Junior, Governador do Paraná, afirmou que o Est..

Em entrevista ao Sebrae Paraná, na manhã desta terça-feira (26), Ratinho Junior, Governador do Paraná, afirmou que o Estado enfrenta crises da Covid-19, dengue e hídrica sem ideologia.

“As nossas decisões não são em cima de ideologia. Nós trabalhamos com metodologia, o que está dando certo no mundo para a gente trazer e implantar aqui”, disse o Governador do Paraná.

Em seguida, Ratinho Junior afirmou que governar é sempre um desafio, mas diante das crises que o Paraná enfrenta, o obstáculo se torna maior. “Tivemos a maior epidemia de dengue da história e estamos com a maior crise hídrica dos últimos 60 anos, além da questão econômica e do coronavírus”, justificou.

CORONAVÍRUS NO PARANÁ

Mesmo com a quinta maior população do país, o Paraná ocupa o 21º lugar do Brasil em registros da Covid-19, ficando atrás de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Roraima.

Na entrevista, Ratinho Junior reforçou que o Estado busca inspiração em países que deram certo para conseguir um resultado positivo apesar da crise.

“Ontem tivemos uma reunião com o ministro da Saúde de Israel para que o Paraná possa ser um projeto piloto no Brasil de testes em massa, com um custo muito mais baixo que temos hoje no mercado, e que nos daria possibilidade de ampliar ainda mais as decisões de forma mais assertiva.”

Em seguida, afirmou que o Paraná, desde o início da pandemia, começou a fazer levantamento de dados de países como Singapura, Coreia do Sul e Japão, que com medidas simples, conseguiram fazer com que a disseminação do coronavírus fosse menor.

“Sempre tomando decisões com cautela, nós nunca podemos achar que estamos em um momento tranquilo. É um momento de sempre estar avaliando informações e avaliando dados. Isso tem facilitado para que a gente não tenha um curva tão ascendente e descontrolada, e também não fez com que nossa economia não tivesse que entrar em uma parada total como outras regiões do Brasil.”

O Governador disse que, desde o início da pandemia, o planejamento tem sigo uma regra em todas as Secretarias de Saúde, porque o “compromisso é ter o menor número de prejuízo de vidas”. Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (25), pela Sesa (Secretaria de Estado de Saúde), o Paraná registra 3.331 de contaminados  pela Covid-19 e 156 óbitos desde março.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Paraná é o estado com menor número de casos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

ECONOMIA X CORONAVÍRUS

Ratinho Junior tranquilizou os paranaenses afirmando que o Estado não parou totalmente a economia apesar da pandemia do novo coronavírus. “O Porto de Paranaguá está batendo recordes da sua história. A Ferroeste também aumentou 67% o volume dela do transporte de carga em relação ao ano passado, que foi o recorde histórico.”

Em seguida, lembrou que o agronegócio faz parte da base econômica do Paraná, representando 35% do PIB. “Tudo isso ajudou o Paraná até este momento. Claro que sempre com algum ou outro setor sendo prejudicado. Mas, na questão macroeconômica, a gente conseguiu manter com que nosso navio continuasse navegando.”

O governador reforçou que não é certo se aproveitar de um momento de crise para fazer um “palanque político”. Em seguida, disse que todas as pesquisas de países que tiveram êxito e estudos colaboraram para o enfrentamento das crises.

DENGUE E ESTIAGEM

Durante a conversa, Ratinho Junior que o Paraná sofreu com a maior epidemia de dengue da história. No período de agosto de 2019 até 18 de maio, o Paraná registrou 180.340 casos confirmados de dengue e 139 mortes. Segundo a secretaria de Saúde, a última análise de taxa de incidência sinaliza para uma queda no número de casos da doença no Estado.

Além disso, o Governador também comentou sobre a maior crise hídrica dos últimos 60 anos que o Estado enfrenta. “O Rio Ivaí, você atravessava ele a pé…o Rio Iguaçu também. Os reservatórios da capital, todos eles na capacidade mínima.”

Em seguida, afirmou que a crise hídrica agrava as tomadas de decisões diárias porque ela interfere também nas ações diante das crises do coronavírus e econômica. “Temos conseguido, com um bom planejamento e uma boa equipe, tomar decisões corretas.”