Pedro Ribeiro

Com queda histórica no Produto Interno Bruto (PIB), a economia brasileira entrou oficialmente em recessão. A crise, resultado da pandemia do novo coronavírus, traz inúmeras perguntas à população, e as respostas podem estar na solidariedade e na cultura de colaboração. A constatação foi confirmada por uma pesquisa que estuda os efeitos da pandemia em Curitiba. As ações solidárias, que se fortaleceram nos últimos meses, precisam ser mantidas a longo prazo para que se alcance um melhor cenário pós-Covid.

A solidariedade como caminho para superar a crise também foi ressaltada pelo Papa Francisco em sua primeira audiência pública desde o início da pandemia, no dia 2 de setembro. Em seu discurso ele destacou o quanto a doença e seus impactos colocaram em evidência a interdependência entre as pessoas.

Nesse sentido destaca-se a importância de atitudes simples, pequenas e somadas, que podem transformar a realidade dos mais vulneráveis. O estudo que analisou os cenários possíveis para Curitiba no pós-pandemia mostrou, por exemplo, que o desemprego ou falta de renda é o receio de 70,8% dos 500 entrevistados, e que ações como o se voluntariar e privilegiar os pequenos comércios podem minimizar os impactos de uma das maiores preocupações da população durante esse momento.

Sobre a pesquisa

Para o levantamento foram ouvidos 500 moradores de 15 regiões de Curitiba mais vulneráveis diante da pandemia. O material, que também contou com a participação de lideranças estratégicas da cidade, apresenta a previsão de 03 cenários futuros para Curitiba.

Um deles marcado pelo individualismo, que ganhou o nome de “Farinha pouca meu pirão primeiro”, outro por solução paliativa, chamado de “Japona” e o cenário mais otimista é o de transformação, que foi denominado de “Gralha Azul”. O significado de cada um desses cenários e quais atitudes devem ser tomadas para que se caminhe na direção mais otimista foram organizados em um e-book elaborado pela Equipe de Comunicação e Marketing da PMBCS e pelo Instituto Sivis. Para acessar basta clicar no link:“Solidariedade: o que esperar do futuro? – Como conhecer a realidade pode nos ajudar a transformar o mundo em lugar mais fraterno”.

Educação para Solidariedade

Realizado por iniciativa do Cidade da Gente, em parceria com o Instituto Sivis, o estudo conta com o apoio de Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS) em sua divulgação. A instituição que tem entre seus pilares de atuação a Solidariedade também apoia outras iniciativas solidárias e durante a pandemia, criou um espaço virtual que apresenta, entre notícias, pesquisas e relatórios, com o objetivo de construir conhecimento sobre ações solidárias.

Segundo June Cruz, diretor executivo da PMBCS, no portal solidariedadequeaquece.com.br é possível encontrar análises sobre cenários, hábitos, saúde mental e impactos que a pandemia vem causando no mundo todo. “A ideia é que essas informações sirvam de base para tomadas de decisão e que ajudem profissionais de saúde, a economia local e a sociedade

como um todo”, explica.

Sobre a Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS)

A Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS) é uma unidade administrativa do Instituto Marista que foi idealizada em 1817 por Marcelino Champagnat, na França. Presente no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e na cidade de Goiânia. A instituição atua

em prol da missão Marista, que é ser farol que orienta e promove a vivência dos valores do Evangelho, do jeito de Maria, contribuindo para a formação de cidadãos éticos e solidários para a transformação da sociedade, com foco nos direitos de crianças e jovens.

Saiba mais no site: marista.org.br.