Petrobras, a maior empresa do país, na mira de Bolsonaro

Bolsonaro troca presidente da Petrobras. Faz da maior empresa do Brasil seu jogo politico para reeleição.

 

O presidente Jair Bolsonaro adotou a Petrobras como moeda de troca para sua campanha à reeleição. Vai, novamente, trocar o presidente da companhia, José Mauro Coelho, para evitar aumentos nos preços dos combustíveis que vem desgastando seu governo. O novo presidente deverá ser Caio de Andrade.

O certo é que se Bolsonaro não conseguir evitar os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, ele terá sérios problemas até as eleições. O setor de transportes de cargas do país, em sua última pesquisa, realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra que 83,7% das empresas de transportes condenam a política de preços da petroleira.

Haverá, ainda, mudanças no conselho da empresa, montado pelo ministro demitido Bento Albuquerque, almirante de esquadra, logo após o anúncio do reajuste do óleo diesel.

Como informamos nesta segunda-feira, a Petrobras iria anunciar um novo reajuste nos preços dos combustíveis, como previa setores dos transportes de cargas. Bolsonaro quer evitar novos aumentos.

Como o governo não pode mandar diretamente na decisão da empresa sobre os preços, ele tem a prerrogativa de mudar o conselho e o presidente, que, por consequência, mudam a diretoria. O passo seguinte é a mudança na política de preços, como quer Bolsonaro.