Foto: Fábio Dias

Polícia alerta para ciclo da violência psicológica contra a mulher

Agressor passa por três fases para coagir a vítima

A Polícia Civil do Paraná emite um alerta para o funcionamento do chamado ciclo da violência psicológica contra a mulher. O caminho, identificado pelas forças de segurança, reforça as orientações para que a vítima tenha a chance de reconhecer os sinais e procurar ajuda. 

“O comportamento controlador e abusivo limita os direitos e a liberdade da vítima. A mulher não pode sair porque o agressor não deixa, não pode se maquiar, se vestir da forma como quer porque o indivíduo não gosta da forma como ela se veste. Além dos xingamentos, insultos e ameaças que podem evoluir para outros tipos de violência”, ressalta a delegada Giovanna Antonucci. 

A primeira fase é o ato de tensão, momento em que o agressor insulta, ameaça e xinga para que a vítima se sinta acuada, reprimida e se isole. Na sequência, ocorre uma escalada das violências. Já na terceira etapa, o companheiro apresenta arrependimento e tratamento carinhoso, até um novo início do ciclo. 

“E geralmente culmina com o agressor falando que não vai acontecer novamente e que vai mudar, resultando no perdão da vítima. Pode ser que o indivíduo mude suas atitudes, mas o normal é que seja um ciclo e a violência volte a acontecer, por isso é importante se atentar aos sinais abusivos e controladores e procurar ajuda”, conclui Giovanna.  

Dentre as diversas formas de violência previstas na Lei Maria da Penha, a psicológica é mais difícil de identificar. Isso porque muitas vítimas não percebem que estão sofrendo danos emocionais. A longo prazo, as agressões podem desencadear doenças de saúde mental, como depressão ou transtornos psicológicos. 

Qualquer sinal de violência pode ser denunciado. A vítima pode registrar o boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet, por meio do site: policiacivil.pr.gov.br/BO