Presidente da OAB critica Augusto Heleno e ameaça do GSI: Saia de 64
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, fez críticas à ameaça velada do ministro-chefe d..
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, fez críticas à ameaça velada do ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno. “Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder”, escreveu em uma rede social.
Mais cedo, em nota intitulada “Carta à Nação”, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) afirmou que o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro é “inconcebível e, até certo ponto, inacreditável”.
Heleno concluiu a nota com uma ameaça: disse que a apreensão do celular “poderá ter consequência imprevisíveis para a estabilidade nacional“. Ele não detalhou as consequências.
Felipe Santa Cruz avaliou o teor da carta como “anacrônico”. O presidente da OAB estabeleceu uma relação da ameaça com o período da Ditadura Militar (1964-1985).
@gen_heleno, as instituições democráticas rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa. https://t.co/vuC60jd2Hh
— Felipe Santa Cruz (@fsantacruz_rj) May 22, 2020
STF MANDA PGR AVALIAR APREENSÃO DE CELULAR DE BOLSONARO
Também nesta sexta-feira (22), mais cedo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello mandou a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar sobre pedidos de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro.
Celso de Mello é o relator do inquérito que apura supostas interferências do presidente na autonomia da PF (Polícia Federal).
Em nota, o GSI afirma que a apreensão do celular de Bolsonaro seria uma afronta à autoridade máxima do Executivo. Além disso, aponta que seria uma “interferência inadmissível” de outro Poder à intimidade do presidente da República.
O ministro-chefe Augusto Heleno aponta que a medida também representa uma afronta à segurança institucional do Brasil.
Ainda por meio de nota, o Gabinete de Segurança Institucional afirma que o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro é “uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes”.