Queimada controlada é feita no Parque Estadual de Vila Velha
Técnica é usada para combater a proliferação de espécies exóticas invasoras que prejudicam o crescimento da vegetação nativa da Unidade de Conservação (UC)
Cinquenta hectares de área foram queimados de forma controlada no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, nos últimos dias. A técnica é usada para combater a proliferação de espécies exóticas invasoras que prejudicam o crescimento da vegetação nativa da Unidade de Conservação (UC). A ação foi coordenada pelo Instituto Água e Terra (IAT) sob a orientação do Corpo de Bombeiros do Paraná e foi finalizada na última terça-feira (25).
O Parque Estadual é administrado pela empresa Soul Vila Velha, no formato de concessão. O IAT é o gestor ambiental do complexo. O chefe da Unidade de Conservação por parte do IAT, Juarez Baskoski, explica o procedimento. “É um trabalho que fazemos há muitos anos e tem surtido vários benefícios. Ajuda a recuperar o solo pertencente ao Paraná antigo, os campos gerais de fato. Ao longo desse tempo, por causa da recuperação da vegetação nativa, observamos o retorno da fauna local para os Campos Gerais, como os lobos-guarás, catetos e veados, entre outros. Sem contar mais de 20 novas espécies que passaram a se abrigar aqui na região”.
PREVENÇÃO
Baskoski destaca, ainda, que a ação colabora para evitar outro tipo de queimada, aquela descontrolada, resultante de acidentes, imperícias ou mesmo ilegalidades. “Entramos no período mais seco do ano, qualquer cigarro mal apagado pode desencadear em fogo se a vegetação estiver alta. É isso que tentamos evitar também”, afirmou.
Ao todo, 289 militares, entre oficiais e brigadistas em treinamento, participaram da operação. A técnica com utilização do fogo está prevista no Plano de Manejo do Parque e é feita desde 2014 em Vila Velha. Este procedimento só pode ser realizado durante o inverno, quando os pássaros da região não estão em período reprodutivo e não existem ninhos nos campos.
