Economia
Registro de perdas no faturamento em empresas paranaenses é o maior em 1 ano

Registro de perdas no faturamento em empresas paranaenses é o maior em 1 ano

As empresas paranaenses registraram um índice de 81% em perdas no faturamento no final do primeiro semestre deste ano. O..

Redação - sexta-feira, 2 de julho de 2021 - 15:17

As empresas paranaenses registraram um índice de 81% em perdas no faturamento no final do primeiro semestre deste ano. O percentual é o maior desde junho do ano passado, quando 87% dos negócios revelavam a perda de receitas. Os números são da 11ª edição da pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Outro número revelado na pesquisa é a variação média das receitas dos empresários do Paraná. Na média, o faturamento é 45% menor em relação a uma semana antes da pandemia. Ao todo, 56% dos empresários paranaenses afirmam que estão funcionando com mudanças por conta da crise e, entre as principais delas está a utilização da internet, de aplicativos e de redes sociais. 63% dos donos de micro e pequenos negócios estão utilizando as ferramentas digitais, mas elas ainda representam menos de 50% das vendas totais para 65% dos empresários paranaenses.

A utilização de novas ferramentas, porém, não tem sido suficiente para trazer o otimismo necessário aos empreendedores. Os paranaenses responderam que acreditam que a normalidade dos negócios ocorrerá daqui a 18 meses, em outubro de 2022.

O número de pequenos negócios com atrasos no pagamento de dívidas e empréstimos foi 31% no Paraná, número que demonstra uma estabilidade em relação às últimas pesquisas e é o quinto menor índice do Brasil. Ao todo, 50% dos empresários paranaenses entrevistados já buscaram empréstimos durante a pandemia e 63% obtiveram o montante, terceiro maior índice do Brasil.

A pesquisa indica ainda que 43% dos empreendedores requisitaram crédito apenas entre janeiro e maio de 2021, um indicativo desse momento em que os donos de micro e pequenos negócios tiveram que buscar alternativas financeiras para suprir as perdas de seus negócios.

De acordo com o estudo, o número de empresas que atuam em locais com restrição caiu de 54%, em fevereiro (2020), para 32%, em maio e a quantidade de pequenos negócios operando (com ou sem mudança) se manteve estável em 80%, nesse mesmo período.

A pesquisa quantitativa entrevistou 7.820 microempreendedores individuais e donos de pequenos negócios entre os dias 25 de maio e 1º de junho, em todos os estados e no Distrito Federal, por meio de formulário on-line. O erro amostral é de +/- 1% para os resultados nacionais. O intervalo de confiança é de 95%.

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