Pedro Ribeiro

 

As renúncias dos governadores paulista, João Dória, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mostram que o PSDB irá firme para a disputa à Presidência da República. Soma-se à troca de Sergio Moro do Podemos para o União Brasil e com Simone Tebet correndo pelo MDB, a eleição para o Palácio do Planalto não deverá ficar polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. O centro democrático entra com força na dividida da esquerda e direita.

Desses quatro partidos, PSDB, MDB, União Brasil e Podemos, deverá surgir um nome de consenso para disputar, pela terceira via, com, Bolsonaro e Lula. Este nome, no entanto, só deverá ser conhecido a partir das convenções dos partidos que se iniciam em julho. Antes disso, apenas a manutenção de candidatos por partidos sem uma força de consenso capaz de enfrentar os dois candidatos que lideram as pesquisas.

Isto foi um pouco da mostra do fim da janela partidária, onde candidatos ainda podem mudar de partidos e outros precisam se desincompatibilizar de cargos para disputar eleições regionais. Para esquentar ainda mais a quinta-feira,31, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar com ódio os ministros do Supremo Tribunal Federal, insistindo na questão do processo eleitoral através de votos impressos ou eletrônicos. Afirmou que os inimigos do Brasil habitam a região dos Três Poderes, numa alusão calara ao STF.

No Paraná, também houve desincompatibilizações, com saídas de secretários do governo Ratinho Junior. Os secretários estaduais Márcio Nunes (PSD), do Desenvolvimento e Turismo Sustentável, e Marcel Micheletto (PL), da Administração e Previdência, retomam os cargos para os quais foram eleitos na Assembleia Legislativa do Paraná. Com o retorno deles para o Legislativo, os parlamentares Hussein Bakri (PSD) e Gugu Bueno (PSD) voltaram para a suplência. Durante o período de titularidade na Alep, eles também atuaram como líder e vice-líder do Governo.