Foto: Divulgação/ Ambev

Réus por duplo homicídio em posto de combustíveis vão a júri popular

A Justiça determinou que os três réus pela morte de duas pessoas a tiros dentro da loja de conveniências de um posto de ..

A Justiça determinou que os três réus pela morte de duas pessoas a tiros dentro da loja de conveniências de um posto de combustíveis, em Curitiba, por causa da cobrança de uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas, vão a júri popular. O homicídio aconteceu no dia 11 de junho do ano passado, no Centro de Curitiba. O advogado Igor Kalluff, de 40 anos, e o amigo e motoboy Henrique Mendes Neto, de 38 anos, foram mortos a tiros. A decisão, desta terça-feira (27), é do juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.

Os acusados são: Bruno Ramos Caetano, suspeito de ser o mandante do crime; Ilson Bueno de Souza Júnior, suspeito de ser um dos atiradores; André Bueno de Souza, também suspeito de ser um dos atiradores. De acordo com a decisão, eles serão julgados por homicídio qualificado por motivo torpe. Ao mandar os réus ao Tribunal do Júri, a Justiça retirou duas qualificadoras: recurso que dificultou a defesa da vítima e perigo comum. Conforme o documento, Ilson Bueno de Souza e André Bueno de Souza têm o direito de recorrer em liberdade.

O advogado deles, Nilton Ribeiro, comemora a retirada das qualificadoras, e diz que pretende recorrer para que também seja removida a qualificadora de motivo torpe.

Em relação a Bruno Ramos Caetano, a Justiça optou pela manutenção da prisão domiciliar e a necessidade de cumprimento das medidas cautelares. O advogado dele, Claudio Dalledone, foi procurado pela reportagem, mas, ainda não se manifestou. Segundo as investigações, o advogado morto no posto foi contratado por um ourives para negociar uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas com o empresário Bruno Ramos.

 

Réus foram ao posto de combustíveis tratar de dívida, diz denúncia

De acordo com a Polícia Civil, Bruno devia o valor ao ourives, que contratou o advogado para fazer a cobrança da dívida. O encontro no posto, de acordo com as investigações, foi marcado para falar sobre o pagamento da dívida. O vendedor de pedras preciosas era considerado testemunha sigilosa da polícia, e prestou dois depoimentos. Imagens de uma câmera de segurança da loja de conveniência do posto mostram os denunciados e o momento do homicídio.

De acordo com a denúncia, foram disparados pelo menos 15 tiros contra as vítimas. O empresário Bruno Ramos foi preso na madrugada do dia 12 de junho, na casa da mãe dele, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Em depoimento, ele disse que o crime não foi premeditado, mas, segundo a Polícia Civil, o homem se contradisse nos depoimentos que prestou. Os irmãos, suspeitos indiciados como autores dos assassinatos, também foram presos. Eles foram localizados pela polícia no bairro Pinheirinho, em Curitiba.