Roberto Justus elogia torcida e projeta Coritiba em uma década
Empresário e apresentador é um dos sócios da SAF e acompanhou do camarote do Couto Pereira a vitória coxa-branca por 2 a 0 sobre o Fluminense
O empresário e apresentador Roberto Justus, um dos sócios da Treecorp, que comprou a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Coritiba, exaltou a força da torcida durante a vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, na última segunda-feira (24).
Justus esteve um dos camarotes do Couto Pereira, recebeu o carinho dos torcedores e disse que o estádio estava com clima de “final de Libertadores”. “Fiquei impressionado com a torcida que apoia o time em qualquer condição. O time ainda está na zona de rebaixamento, apesar de estar a um ponto de sair, e vamos sair com certeza. É um time cuja torcida não abandona. Um fervor, um calor em uma segunda à noite e parecia final de Libertadores. Esse é o clima que tem que ser criado no time”, disse.
“Que a torcida tenha no outro lado uma equipe que traga alegrias para essa demanda que ela tem de participar do processo. É uma religião, uma loucura coletiva e saudável, desde que não haja quebra-quebra na hora ruim. Foi a primeira vez que vim ao Couto Pereira e fiquei contagiado pela torcida maravilhosa”, acrescentou o empresário.
O sócio da SAF do Coritiba ainda opinou sobre o que espera do clube daqui a dez anos. “É um grande prazo. Olhando para a reformulação do futebol como um todo, empresa como a nossa entrando. Veja a SAF do Botafogo, hoje um clube respeitado esportivamente, liderando o Campeonato Brasileiro e com grandes chances de ser campeão. Queremos fazer o mesmo. Não sei no curto prazo, porque tem variáveis que não podemos controlar, mas no médio e longo prazo, o pessoal vai ter orgulho e o clube vai ser respeitado nacionalmente”, comentou.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA DE ROBERTO JUSTUS, SÓCIO DA SAF DO CORITIBA
Objetivos da SAF
“Claro que uma SAF tem no final, no médio e longo prazos, interesses de fazer um grande negócio financeiro. Não há dúvida nenhuma, não vamos negar isso. Somos uma empresa do mercado financeiro. Mas é muito mais do que isso. É diferente do investimento tradicional, em uma empresa de qualquer setor. Aqui tem uma paixão diferenciada e um movimento diferente do financeiro. As pessoas vão se apaixonando pelo clube e pelo desafio que tem pela frente. Objetivo financeiro não deve ser criticado pelas pessoas porque é diretamente proporcional para fazer um time cada vez melhor”.
RESGATE DA TORCIDA DO CORITIBA
“O que foi perdida foi a autoestima, que agora está voltando. As pessoas começaram a acreditar, e isso é um circulo vitorioso maravilhoso. Jogadores há dois, três meses nem pensavam em vir para o Coritiba, mesmo pagando bem. Precisa ter a vontade dos caras de virem, e os jogadores querem alinhar o nome a um projeto vencedor. Nosso projeto é tornar isso vencedor”.
IMPORTÂNCIA DOS SÓCIOS
“Os sócios são fundamentais neste jogo. Temos um número que na média brasileira não está ruim, comparado com outros, com 30 e poucos mil sócios. Comparado com volume de torcedor, é muito pouco, e dá para crescer muito. O sócio tem que entender que o que ele vai investir nessa mensalidade vai ser diretamente ligado ao resultado, porque nós precisamos deste recurso. Um clube é feito de vários tipos de recursos – venda de imagem de televisão, patrocínio no uniforme e de vários tipos, e do próprio sócio”.