(Foto: Bruno Slompo/CMC)

Síndrome respiratória aguda grave volta a crescer no Paraná e 14 outros estados

Os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) voltaram a crescer no Paraná e em outros 14 estados do país, de aco..

Os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) voltaram a crescer no Paraná e em outros 14 estados do país, de acordo com boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgado nesta sexta-feira (4).

A análise feita é referente à semana de 23 a 29 de maio e revela um agravamento em comparação com a semana anterior, quando cinco estados apresentavam queda da incidência da síndrome. No boletim divulgado ontem, apenas Roraima manteve a tendência de redução nos casos respiratórios graves.

O Paraná, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins possuem, ao menos, metade de suas macrorregiões com sinal de crescimento na incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Marcelo Gomes, coordenador do boletim semanal InfoGripe, alerta que o cenário pode ser parcialmente atribuído à retomada da circulação da população e pede que a flexibilização das restrições impostas para frear a transmissão do vírus seja reavaliada.

O pesquisador pede cautela com a flexibilização de medidas como o distanciamento para redução da transmissão da Covid-19. “Enquanto a tendência de queda não se mantiver por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja patamares significativamente baixos”, alerta em texto publicado pela Agência Fiocruz de Notícias.

A incidência de SRAG é considerada uma métrica para acompanhar a pandemia porque o coronavírus é a causa de 96% dos casos da síndrome que foram atribuídos a uma infecção viral e submetidos a testes.

ALTA NOS CASOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE PASSA DE 95% NO PARANÁ

A análise de longo prazo (seis semanas) indica aponta que a probabilidade de alta nos casos de SRAG passa de 95% no Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

O mesmo percentual foi constatado em três capitais: Curitiba, Goiânia, Natal e São Paulo. Ao todo, 14 das 27 capitais têm tendência de alta nos casos de SRAG, e somente quatro tendem a apresentar queda: Belo Horizonte, Boa Vista, Recife e Rio de Janeiro.

Entre as oito capitais com estabilidade, o boletim alerta que os casos estão em um platô de alta incidência: Aracaju, Belém, Florianópolis, Macapá, Brasília e arredores, Rio Branco, São Luís e Teresina.