Uso de telas pode impactar aprendizagem, alerta especialista
Tecnologia digital em excesso pode acarretar em limitações cognitivas e motoras
O uso excessivo de telas, mesmo no ambiente educacional, pode acarretar em limitações cognitivas e motoras, além de prejudicar o desenvolvimento socioemocional das crianças. Este é o alerta feito pelos especialistas para o uso da tecnologia na primeira infância.
“O cérebro se adequa às exigências impostas. O uso do material predominante digital faz com que certas funções cognitivas não sejam mais treinadas. Isso tem, sem dúvidas, consequências graves. A criança fica dependente de uma relação com a máquina e não aprende a debater, a conversar, a ser questionada, visto que a máquina corrige todos os erros automaticamente. Elas também têm dificuldade com a letra cursiva, cansam rapidamente de escrever”, explica o doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo, Daniel Medeiros.
Na Suécia, o governo percebeu queda significativa nos resultados em áreas como leitura, matemática e raciocínio lógico. Com isso, os materiais didáticos físicos voltaram às salas de aula.
“Como por lá não existe um sistema centralizado, não há uma imposição. Em uma ação recente para estimular a educação, o governo sueco promoveu um concurso de redação, cujo prêmio foi entregue pelo próprio primeiro-ministro, destacando o apoio do governo a essas iniciativas. Assim, tem-se buscado incentivar a leitura em suportes físicos, como livros, e promover atividades que reforcem essa prática”,
Estudos apontam também para a ligação entre o uso de telas na primeira infância e os transtornos de ansiedade.
