Vadão, ex-técnico da seleção brasileira feminina, morre por câncer aos 63 anos

O técnico de futebol Osvaldo Alvarez, conhecido como Vadão, morreu por câncer nesta segunda-feira (25), aos 63 anos. Ele..

O técnico de futebol Osvaldo Alvarez, conhecido como Vadão, morreu por câncer nesta segunda-feira (25), aos 63 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein há mais de uma semana devido a um câncer no fígado.

Ele foi diagnosticado em dezembro de 2019. Vadão lutou contra a doença desde o início do ano e teve evolução após sessões de quimioterapia, mas teve complicações recentemente.

O velório e o sepultamento de Vadão acontecerão em Monte Azul Paulista, no interior de São Paulo, sua terra natal.

No Athletico Paranaense, Osvaldo Alvarez acumulou três passagens. A primeira foi em 1999, quando conduziu o Furacão ao título da Seletiva da Libertadores, que garantiu o clube em sua primeira disputa do torneio do continente. Já em 2000, ele conquistou o Campeonato Paranaense. Depois, Vadão comandou o Athletico em 2003 e entre 2006 e 2007.

HISTÓRIA DE VADÃO NO FUTEBOL

Vadão foi jogador e atuou em clubes como Paulista, Velo Clube e Capivariano, mas ganhou notoriedade como técnico.

Foi ele quem se consagrou como quem montou o “Carrossel Caipira” do Mogi Mirim, inspirado no “Carrossel Holandês” da Copa do Mundo de 1974, no início da década de 90.

Com Leto, Valber e Rivaldo, que viria a ser o melhor jogador do mundo em 1999 e pentacampeão mundial com a seleção brasileira em 2002, Vadão fez seu nome. O técnico apostou no esquema 3-5-2, desacreditado no futebol brasileiro após o fracasso da seleção na Copa do Mundo em 1990. Contudo, o trabalho de Vadão se tornou uma das grandes sensações táticas da história do futebol brasileiro.

Depois do sucesso, teve passagens por Guarani, São Paulo, Corinthians, Athletico Paranaense, Sport, Ponte Preta e seleção brasileira feminina.

Ele assumiu a seleção brasileira em 2014, mas foi demitido meses depois após ser eliminado nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2015 e perder a disputa pela medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Demitido, ele foi substituído por Emily Lima, mas também foi o escolhido para suceder ela. Nessa segunda passagem, Vadão conquistou o título da Copa América em 2018. Entretanto, passou pela pior fase e acumulou nove derrotas seguidas antes da Copa do Mundo de 2019. No Mundial, classificou o Brasil em terceiro lugar da fase de grupos e acabou eliminado para a França, anfitriã do torneio, na prorrogação das oitavas de final. Com o revés, ele foi demitido em menos de um mês após a Copa do Mundo.

CLUBES PRESTAM HOMENAGENS

Vadão está sendo homenageado por diversos clubes que passou. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também deve divulgar uma homenagem em breve.