Atualmente, a taxa básica de juros, Selic, está mantida pelo Banco Central em 13,75%, sob a justificativa de que é preciso combater a inflação.

Os setores de alimentação e bebidas e transportes registraram as menores quedas no período e influenciaram o recuo no IPCA.

Desaceleração tende a refletir a oferta maior de alimentos a partir das melhores condições climáticas para a produção e o alívio dos custos de insumos, segundo economistas.

Apesar da redução, a estimativa para este ano segue acima do teto da meta de inflação definida pelo Banco Central, de 3,25% para 2023.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta, com destaque para Saúde e cuidados pessoais.

Essa foi a sexta vez seguida em que o Banco Central não altera a taxa Selic, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado.

Em carta ao Ministério da Fazenda, o Banco Central explicou que a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024.

A inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64% no ano.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional do BC, que é de 2% a 5%.

Em sua fala, Campos Neto previu um crescimento menor no ano que vem, dada a desaceleração mundial puxada pelos EUA, e defendeu a responsabilidade fiscal para garantir investimentos sociais.