Apesar da redução, a estimativa para este ano segue acima do teto da meta de inflação definida pelo Banco Central, de 3,25% para 2023.

Essa foi a sexta vez seguida em que o Banco Central não altera a taxa Selic, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado.

A inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64% no ano.

O pior resultado é para trabalhadores de empresas jornalísticas, que tiveram reajuste médio real negativo, com -4,19%, ou seja, não recuperaram a inflação.

O índice foi pressionado pela queda no preço dos combustíveis, além da tarifa de energia elétrica; no acumulado do ano, a inflação oficial está em 4,77%.

Na visão de analistas, é como se o governo Jair Bolsonaro estivesse antecipando o crescimento previsto para o ano que vem, deixando uma herança maldita para quem assumir o país em 1º de janeiro.

Todos os nove grupos de despesas registraram inflação em junho, com destaque para alimentação e bebidas, conforme a pesquisa.

Na prévia de junho, todos os grupos de despesas tiveram inflação, com destaque para os transportes, saúde e cuidados pessoais.

Não bastasse o impacto dos reajustes por si só, os ataques de Jair Bolsonaro (PL) e de aliados contra a estatal intensificam o clima de tensão no mercado.

O maior impacto para a inflação do mês veio dos transportes, devido principalmente à alta no preço das passagens aéreas, seguido por saúde e alimentos.