Cresce a venda de imóveis rurais por meio de leilão
De acordo com o Sindicato dos Leiloeiros Públicos Oficiais dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Sindileisc), mais de ..
De acordo com o Sindicato dos Leiloeiros Públicos Oficiais dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Sindileisc), mais de 2.300 áreas rurais foram vendidas no Paraná do início do ano até novembro por meio de leilão. Isso representa um de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.
O sindicato esclarece que a pandemia não influenciou negativamente esse segmento. No Brasil, foram vendidas mais de 24 mil propriedades, desde chácaras até fazendas. A maior concentração fica nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Tocantins.
O leiloeiro público Helcio Kronberg informa que o Brasil tem um grande estoque de áreas rurais. Os preços, segundo ele, aumentaram, assim como a capacidade de produção por hectare. A venda por leião deixa as áreas até 50% mais baratas, atraindo investidores ou interessados em morar em um lugar afastado da cidade.
“Por causa de práticas equivocados de pecuaristas e agricultores, várias áreas são entregues para pagamento de dívidas. Quando são objeto de penhora em ações de execução, ou mesmo de execução fiscal, as áreas vão à venda a partir dos 50% do valor, o que torna o negócio muito interessante para compradores. Outra causa é a perda de terras para a União por plantações identificadas com a produção de drogas. Neste caso, são vendidas por um valor também a partir de 50% da avaliação”, explica.
Em 2020, de acordo com o leiloeiro, foram mais 100 mil imóveis rurais colocados à venda. Desses, 9.500, ou quase 10%, foram no Paraná. “Nem todos os leilões chegaram à fase de lances, pois em execuções é possível que as partes se componham a fim de evitar a alienação do bem do executado. Esses números incluem a execução fiscal, federal, estadual e municipal”, diz.
Leilão de diferentes tipos de áreas
Nesses leilões, há diferentes tipos de imóveis, desde fazendas e espaços para agricultura ou pecuária, até sítios, chácaras ou terrenos sem nenhum tipo de construção. “Os investidores podem adaptar essas áreas de acordo com suas necessidades. O espaço pode ser apenas uma área de lazer ou uma nova fonte de economia por meio de criação de horta ou animais”, esclarece.
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